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Muito calor, pouca saúde

Temperaturas elevadas interferem na saúde de forma negativa, mas a luz solar é necessária para o organismo.

As variações térmicas no ambiente podem interferir em nosso organismo, em muitos casos a temperatura elevada pode agir diretamente em nossos olhos, boca, pele e nosso intestino. A desregulação e a irritação estão associadas também ao tempo seco e com a baixa umidade do ar, além de uma grande exposição aos raios solares que afeta diretamente nossa pele. 

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Por mais que evitemos o contato com a luz solar, não podemos fugir do contato com os raios ultravioletas que chegam ao nosso corpo diariamente. De acordo com o Paulo Gonçalves, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, os raios ultravioletas sempre estão sendo emitidos durante todo o tempo que a luz aparece durante o dia. “A própria radiação ultravioleta está presente do nascer ao se pôr do sol já como a maior fonte de calor para pele é ultravioleta B (UVB). Essa fonte de radiação está presente por volta de 08:30 às 09 horas da manhã e vai até por volta das 16 horas fazendo aquele pico por volta do meio-dia”, pondera.

Banhistas na Beira Mar (Foto: Daiana Almeida)

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Talvez aquele sol de bronzeamento da praia não esteja fazendo bem para a sua pele. Muita exposição ao sol sem cuidados diários com a nossa pele pode proporcionar problemas sérios. A falta de hidratação na pele e de nutrição das camadas epidérmicas mais superficiais é motivo para não se expor tanto ao sol. 

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Ir à praia em um feriado ou final de semana pegar “aquela corzinha” é comum para os cearenses e aqueles que vivem de mar e sol. Mesmo com um horário cheio durante o dia é necessário saber escolher o momento certo, para evitar problemas futuros por causa do calor e da radiação. “Ela é responsável pelas queimaduras quando as pessoas vão à praia ou estão expostas no horário a partir das 10 horas. Essas pessoas têm um maior risco de queimaduras do que de bronzeamento, então é muito forte essa intensidade dependendo mais até da própria localização intertropical e já que estamos bem próximos da linha do Equador, essa radiação se torna muito mais intensa”, explica o dermatologista.

 

O exercícios ao ar livre proporcionam vários benefícios para o corpo, como a melhoria da circulação do sangue, controle da respiração, perda de líquido retido e absorção de nutrientes. Principalmente em cidades com praias, como é o caso de Fortaleza e algumas outras cidades do estado. Uma parcela de esportes aquáticos podem ser praticados em ambientes litorâneos e desse modo a interferência solar faz parte da ação de praticar esportes como esses.

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A luz solar é a principal forma de obter o nutriente, fundamental para a saúde dos ossos e para o sistema imunológico, assim como estimulante de vitamina D em nosso corpo. Quando se coloca na balança os problemas que o calor pode nos proporcionar e a necessidade de trabalhar "debaixo do sol”, praticar um exercício ao ar livre ou até mesmo curtir uma praia, devemos ter cuidados redobrados na exposição solar no organismo.

Saiba mais.

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Devemos saber que principalmente além de outras formas de radiação nós devemos levar em consideração as radiações ultravioleta A, ultravioleta B e ultravioleta C. A radiação ultravioleta C não atinge a nossa pele, mas a radiação ultravioleta A seria mais prejudicial, pois sua incidência afeta diretamente a pele.

 

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Desequilíbrios com o calor

Saiba mais.

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No organismo, há diferentes eletrólitos, tais como cálcio, magnésio, fosfato, sódio e potássio. Diante uma situação se sudorese intensa causada pelo calor excessivo o nutriente que se perde em maior quantidade é o sódio.

 

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Para equilibrar o calor e a saúde, deve ser levado em conta o fator de proteção solar e alimentação. Para isso a nutricionista Rayne Medeiros recomenda algumas práticas para a alimentação. “Aumentar a ingestão de frutas, verduras e legumes é ainda mais importante. Esses alimentos auxiliam na hidratação corporal e reposição de sais minerais que foram eliminados com a sudorese. Evitar ingerir alimentos com alta densidade energética que costuma reduzir a disposição e gerar maior cansaço, além de não repor adequadamente a quantidade de líquido e sais minerais perdidos diariamente”, recomenda. 

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Mesmo com as recomendações, a exposição ao calor pode modificar o nosso sistema digestivo, passando por dificuldades para a digestão completa dos alimentos. “O calor faz com que a nossa digestão passe a ser mais lenta. O que pode causar desconfortos abdominais, náuseas, constipação... Assim, o ideal é consumir alimentos mais leves, como saladas, frutas e carnes magras. Itens mais pesados como massas, pães e carboidratos em geral podem causar náuseas e outros incômodos”, explica Rayne. 

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A perda de líquido gerada pela troca de temperatura com o meio externo pode comprometer a nossa saúde quando elevamos a temperatura do meio externo. A nutricionista Rayne explica como a hidratação pode ser essencial. “A Desidratação pode causar problemas de saúde como a chamada Hiponatremia que é uma diminuição da concentração de sódio no sangue e nos casos de desidratação grave, pode surgir outros, como queda de pressão arterial, perda de consciência, convulsões, coma, falência de órgãos e morte”.

ESCUTE! Áudio sobre as doenças com o excesso de calor. Paulo Gonçalves, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Cuidar não somente da pele, mas também dos raios luminosos que chegam até os nossos olhos de forma não voluntária. Segundo a oftalmologista Cristiane Nóbrega, a luz não somente do sol pode prejudicar os olhos. “De uma maneira geral, a luminosidade emitida pelo sol, ou seja, o tipo de luz azul que o sol emite e algumas luzes fluorescentes é que podem alterar muita coisa. A penetração de muitas luzes azuis podem causar a morte de células na retina e também pode causar degeneração macular relacionada à idade, mas nem sempre está relacionada à idade, às vezes a pessoa tem um tempo maior exposto a incidência de radiação solar”, explica a oftalmologista. 

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Para os fortalezenses, a prática de se utilizar ventilador em meio ao calor é comum, mas a especialista alerta sobre como pode ser prejudicial à saúde. "O calor na realidade faz com que a gente utilize muito ventilador e ar-condicionado, tudo isso pode causar ressecamento nos olhos e das córneas”, afirma Cristiane. 

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Aquele ventinho que colocamos para aliviar o calor que faz dentro de nossas casas ou em um ambiente onde a ventilação é precária é um fator para gerar problemas futuros nos olhos. Tomar precauções com a mudança brusca de temperatura e com a ambientação da casa para não interferir na saúde. Use protetor solar e se hidrate, não se esqueça!

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